Por: Vanessa Cicatti
Há 30 anos, uma simples picadinha no pezinho do bebê se tornou o primeiro teste de sangue da vida da criança. Essa picadinha é suficiente para tranqüilizar pais e mães e afastar o fantasma de algumas enfermidades. Descubra por que seu filho não pode ficar sem essa picadinha…
Um ato de amor
O Teste de Triagem Neonatal para doenças metabólicas, endócrinas e infecciosas, mais conhecido como Teste do Pezinho, existe no Brasil há 30 anos e desde 1990 se tornou obrigatório. Embora tenha papel fundamental para a saúde dos recém-nascidos, muitas mamães e papais não conhecem a função e a importância desse exame.
A pediatra Marina Carvalho de Moraes Barros explica que “a função do Teste do Pezinho é detectar precocemente as doenças para ser possível o início rápido do tratamento, quando este existir, ou a adoção de medidas profiláticas que visem ao melhor desenvolvimento da criança”. No entanto, a pediatra ressalta que esse teste não confirma o diagnóstico, podendo acontecer de o recém-nascido ter alguma alteração no Teste do Pezinho, sem que tenha doença alguma.
O exame engloba quatro enfermidades: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística, todas referentes a problemas inatos do metabolismo.
O futuro numa simples gotinha
Fazer o Teste do Pezinho é muito simples. Por se tratar de uma coleta de sangue, geralmente é retirado do calcanhar da criança, embora possa ser retirado de outras partes do corpo do bebê. O exame ganhou esse nome porque, nos primeiros programas de triagem neonatal, a coleta era feita na parte lateral do pé do bebê. Em alguns hospitais o teste é realizado no braço por dois motivos: a punção é menos dolorida e porque as mães reclamavam da marca roxa que ficava no pezinho. Segundo Marina Barros, “dá-se preferência para a punção capilar, ou seja, do calcanhar do bebê, pois é menos invasiva, por não se puncionar a veia do bebê”.
O Teste do Pezinho pode ser realizado na maternidade ou no posto de saúde e deve ser feito após 48 horas de vida do bebê já amamentado. Isso ocorre porque esse é o tempo necessário para ativar o metabolismo, pois alguns exames dependem da ingestão do leite.
A pediatra afirma que “o Teste do Pezinho deve ser coletado preferencialmente na primeira semana de vida da criança. Para maior facilidade, no Estado de São Paulo ele é coletado ainda na maternidade. Em outros Estados do país, essa coleta é realizada após a alta, nos laboratórios. Quando a coleta for realizada na maternidade, deve-se atentar ao fato de que a criança deve estar mamando adequadamente. Assim, rotineiramente, o Teste do Pezinho é colhido entre o segundo e terceiro dia de vida, ou seja, no dia da alta hospitalar”.
Se o resultado do exame detectar alguma alteração “os pais devem levar a criança ao pediatra com o resultado do exame. Na maioria das vezes o médico solicita a repetição ou a realização de exames complementares”, explica Marina Barros.
Mamães, não se desesperem caso isso aconteça com seu bebê, pois, como foi destacado anteriormente, um resultado alterado no exame não faz o diagnóstico da doença. Procure sempre um especialista antes de tirar conclusões precipitadas, pois somente o pediatra poderá dizer se há algo de errado, tá?
O que realmente vale ressaltar é que o Teste do Pezinho é gratuito e os pais devem exigir a sua realização, seja ainda na maternidade ou no posto de saúde credenciado mais próximo de sua residência. Afinal de contas, essa picadinha é um dos primeiros sinais do amor pelo seu bebê.
Informações do especialista:
Marina Carvalho de Moraes Barros é pediatra, formada pela Universidade Federal de São Paulo. É médica da Diagnósticos da América.
Consultório: Canal do Médico Delboni Auriemo Tel.: 11 3074-4484
Parabéns pela iniciativa do blog!
ResponderExcluirHoje a blogosfera materna cresce rapidamente e as mães estão diariamente na internet buscando informações. Espero continuar encontrando boas dicas por aqui.
Abs,
Priscilla