Por: Vanessa Cicatti
Segundo psicopedagoga e psicóloga Eliane Pisani Leite, é muito importante saber quais brinquedos oferecer e quais brincadeiras realizar com seu filho de acordo com sua faixa etéaria e fase de desenvolvimento.
A especialista explica que a primeira brincadeira do bebê é o uso que ele faz do ursinho de pelúcia, da fralda ou do cobertor para substituir a ausência da mãe. A essa prática dá-se o nome de “objeto transicional”.
A escolha desse objeto transicional ocorre dos 4-6 aos 8-12 meses de idade. “Quando a criança começa a usar esse objeto, que representa sua mãe e as boas experiências de cuidados, como alimentação, colo etc., ela demonstra que está apta a formar dentro de si uma imagem do objeto de mãe e do manejo exercido por ela”, afirma Eliane Leite.
Nessa etapa, é importante que os pais não interfiram na escolha do objeto transicional, pois essa descoberta significa um amadurecimento fundamental do bebê. É nesse momento que se inicia a capacidade criativa da criança.
Além disso, a pedagoga explica que “no primeiro ano os brinquedos preferidos são os que se juntam e se separam, desaparecem e aparecem, entram e saem, isso porque, nessa fase, a criança está elaborando os momentos de afastamento dos pais”.
Já a partir de dois anos, os melhores brinquedos podem ser as caixas de diversos tamanhos, brinquedos flutuantes para fazer companhia na hora do banho, blocos de madeira, forminhas, balde, terra e água. Na idade pré-escolar, os materiais mais interessantes são os pedagógicos, que aproximam a criança das atividades escolares, como lápis de cor, revistas e colas coloridas.
Quer saber como escolher os brinquedos do seu filho? Veja as dicas a seguir:
• Interesse: lembre-se que é o brinquedo que convida a bricar, ou seja, que desafia o
pensamento da criança.
• Adequação: o brinquedo deve atender à etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra, bem como suas necessidades emocionais, socioculturais, físicas e intelectuais.
• Apelo à imaginação: procure um brinquedo que estimule a criatividade da criança e que não a limite.
• Versatilidade: escolha um brinquedo que possa ser usado de diferentes formas, explorando a inventividade da criança.
• Cores e formas: o colorido, as texturas e as formas diferentes são importantes, pois estimulam sensorialmente.
• Tamanho: não se esqueça de que o tamnho deve ser compatível com a motricidade de seu filho, ou seja, quanto menor a criança, maiores serao as peças do brinquedo.
• Durabilidade: não se esqueça que brinquedos frágeis causam frustração quando quebram com facilidade e também quando não oferecem à criança o tempo suficiente para que ela estabeleça relação com eles.
• Segurança: é o mais importante na escolha do brinquedo. Escolha sempre aqueles que tenham o selo de certificação do INMETRO, poise le é a sua garantia de que os brinquedos são feitos com tinta atóxica, não têm pontas e/ou arestas e nem possuem peças possam se soltar
Informações do especialista:
Eliane Pisani Leite é psicóloga, psicopedagoga e acupunturista. É especialista em psicodiagnóstico, distúrbios de aprendizagem, psicossomatia, transtornos de personalidade, ludoterapia (terapia infantil) e terapia floral. Também é autora do livro “Pais EducAtivos”.
Consultório:
Rua Dr. João Batista Soares de Faria, 101 – Santana – São Paulo – SP.
Tel.: 11 2959-3222
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