quarta-feira, 18 de maio de 2011

Gotinhas do bem


Por: Vanessa Cicatti

Muitas pessoas podem não dar valor algum às vacinas. Mas você sabia que essas simples gotinhas e picadinhas podem salvar a vida do seu filho?
Afinal, as vacinas protegem os bebês de infecções, que podem prejudicar seu crescimento e deixar seqüelas para toda a vida. Descubra a seguir, por que a vida do seu filho depende dessas gotinhas!

Importante para a saúde das crianças
Para começar é importante saber o que são as vacinas e como elas agem no organismo das crianças.
Elas são substâncias produzidas a partir de algumas partes inativas dos vírus ou bactérias que causam as infecções das quais queremos proteger a criança. Podem ser administradas em forma de gotas (via oral) ou injeções.
Com certeza, agora, você está se perguntando: Por que as vacinas têm tanta importância na saúde do meu filho?
A pediatra e nutróloga Lilian Zaboto explica que “durante a infância, as crianças passam por uma série de infecções transmissíveis. Algumas delas são leves e inevitáveis como os resfriados, diarréias etc. Entretanto, há outras infecções que podem ser graves ou ter complicações mais importantes como a difteria, a coqueluche, o tétano, a poliomielite, o sarampo, a caxumba, a rubéola etc. que podem ser evitadas graças às vacinas”.
Ao ser vacinada, a criança desenvolve suas próprias defesas contra os agentes infecciosos contidos nas vacinas, mas para que isso ocorra, é necessário que fique em contato com o mesmo agente (vírus ou bactéria) várias vezes. É por essa razão que alguns tipos de vacina contam com uma primeira dose e outra de reforço, apenas por uma questão de segurança. O que não pode ocorrer é o nenê não ser vacinado.
Lilian Zaboto explica que “se a criança não tomar todas as vacinas ou todas as doses habituais, seguramente não terá uma resposta eficaz e duradoura, podendo desenvolver algumas doenças que poderiam ser evitadas. Se por acaso, ela perder alguma dose, os pais devem consultar o pediatra e continuar com as vacinas”.
Embora nem todas as vacinas tenham 100% de eficácia, a maioria delas oferece mais de 80% de proteção, o que justifica a vacinação e a responsabilidade de ajudar seu bebê a se defender de doenças que, no primeiro ano de vida, podem até ser fatais.

Imprescindível no primeiro ano do bebê
A maioria das vacinas é aplicada no primeiro ano de vida da criança. Isso ocorre porque, quando nascem, todas as suas defesas foram passadas pela mãe durante a gestação. E elas vão se esgotando a partir do segundo e terceiro mês de vida, à medida que o bebê vai fabricando seus próprios anticorpos. Daí o fato de “esse ser o momento de iniciar a vacinação, pois o estímulo produzido pelas vacinas fará com que a criança logo esteja bem protegida das doenças que podem ser graves, porém evitáveis”, afirma a pediatra.
As vacinas são tão importantes para o nenê no início de sua vida que até os prematuros devem receber as imunizações recomendadas à idade cronológica habitual, sem redução das doses. Deve-se apenas seguir estas recomendações: a criança tem de estar clinicamente estável, possuir massa muscular adequada e peso superior a 1.500 gramas, o que geralmente é possível aos dois meses de idade. A mesma recomendação deve ser seguida para as que estão com baixo peso.
No caso das desnutridas, também não há contra-indicação para a prática vacinal habitual, ainda que em casos graves possa haver uma tolerabilidade menor a algumas vacinas de microorganismos vivos, como a BCG.
Algumas vacinas não fazem parte do calendário básico de saúde e não são oferecidas na rede pública, contudo, são preconizadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria. São elas: vacinas antipneumocócica, antimeningocócica, varicela, hepatite A e gripe. Os pais devem pedir orientação ao pediatra sobre as indicações dessas vacinas.

Sem medo dos benefícios
Muitos pais deixam de vacinar seus filhos por temer que eles tenham alguma reação à vacina. Lilian Zaboto os tranqüiliza explicando que, como qualquer medicação, as vacinas têm seus riscos, ainda que muito pequenos. Mas “serão sempre muito menores do que os que a criança corre se não for vacinada e adoecer”.
Algumas vacinas como anti-sarampo, caxumba, febre amarela e gripe contêm mínimas quantidades de proteínas do ovo que podem desencadear reações adversas graves em pacientes com alergia maior aos componentes do ovo.
Geralmente, as vacinas podem desencadear reações leves como inflamação e dor local, febre, mal-estar e perda de apetite.
Raramente, podem ocorrer reações mais sérias como choro contínuo do bebê por mais de três horas, convulsão associada à febre, reações anafiláticas, alteração de consciência e coma.
Crianças com febre ou reação local à dose prévia da vacina podem ser revacinadas. A pediatra explica que reações como essas são consideradas leves e não contra-indicam os reforços.
A vacina só não será aplicada caso exista alguma contra-indicação a determinada vacina. “Existem casos raros de contra-indicação para algumas vacinas específicas. São exemplos casos de crianças imunodeprimidas e imunodeficientes, que não devem receber vacinas com vírus vivos. Qualquer outro caso de doença grave deverá ser discutido com o pediatra, pois a maioria das doenças comuns não contra-indica a vacinação habitual”, acrescenta Lilian Zaboto.
Lembre-se: os benefícios da vacinação são incalculáveis para a saúde do seu baixinho. Então, consulte sempre o pediatra e fique atento para garantir que ele seja imunizado de doenças que as vacinas podem evitar!

Informações do especialista:
Lilian Simone Gonçalves Zaboto é médica, formada pela Universidade São Francisco. É especializada em pediatria e nutrologia.

Consultório:
Alameda Madeira, 258 – cj. 1301 – Alphaville – Barueri – SP
Tel.: (11) 4191-2442

Nenhum comentário:

Postar um comentário