quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bebê bem cuidado antes mesmo de nascer

Por: Vanessa Cicatti

Nem todos sabem que os cuidados com o bebê devem começar a partir do dia em que a mãe fica sabendo que esse pequeno ser está se desenvolvendo em seu ventre. E não é por excesso de zelo.


Toda essa atenção com a criança, e também com a gestante, é parte do pré-natal, uma espécie de tratamento que tem como principal objetivo garantir o bom desenvolvimento do feto e a saúde da futura mamãe. Vamos conhecer melhor o que é o pré-natal e todos os benefícios que ele oferece?


A função do pré-natal


Como o próprio nome diz, pré-natal significa antes do nascimento, ou seja, nada mais é que o acompanhamento da gestante durante os nove meses, com consultas ora mensais, ora quinzenais ou ainda semanais como ocorre no último mês.


De acordo com o obstetra dr. Luiz Fernando Pereira Leite “a finalidade do pré-natal é acompanhar a gestante a fim de termos um bom desenvolvimento do bebê, diminuindo assim seus riscos para que, no momento do nascimento, não tenhamos surpresas como, por exemplo, um parto prematuro ou um bebê abaixo do peso”.


O pré-natal deve iniciar-se tão logo ocorra o atraso da menstruação e o teste de gravidez dê positivo. E para que tudo ocorra tranqüilamente é importante que se faça o pré-natal com um obstetra de confiança.


A importância do pré-natal


É evidente que o pré-natal é de suma importância para que a gestante e o bebê mantenham-se bem e saudáveis durante esse período.


Para o obstetra, essa importância se dá porque “se o acompanhamento da gestante for bem feito, seus riscos de desenvolver pressão alta e diabetes na gestação diminuem. Além dessas patologias conhecidas e freqüentes, nós conseguimos diminuir o ganho de peso excessivo e suas conseqüências como dores nas costas, dores no baixo ventre, entorses articulares, sem falar em prisão de ventre, hemorróidas e as tão temidas estrias. Em relação aos bebês, quanto melhor for o acompanhamento da gestante, menores serão os riscos da prematuridade fetal e da perimortalidade neonatal”.


Ao não realizar o pré-natal, a futura mamãe torna-se diretamente responsável pelos riscos que seu filho poderá vir a apresentar e isso inclui a possibilidade de o bebê sofrer as conseqüências de algo que poderia vir a ser tratado durante a gestação.


Além disso, o pré-natal ajuda a tirar as dúvidas da grávida e de seu companheiro, pois o obstetra passa a ela informações importantes sobre o desenvolvimento do bebê, como comenta o dr. Luiz Fernando Leite, “durante as consultas de pré-natal, o casal será informado sobre o desenvolvimento do embrião e, posteriormente, do feto, assim como as alterações maternas fisiológicas provocadas pela mudança no corpo físico e emocional da futura mamãe.


Os primeiros cuidados com os bebês normalmente são pouco abordados na gestação pelo fato de serem muito mais esclarecidos na maternidade, após o nascimento”.


Outro ponto importante do pré-natal está no fato de o obstetra orientar sobre o tipo de parto mais indicado para cada gestante. “Durante todo o acompanhamento, nós, como obstetras, temos como saber qual gestante terá condições de esperar para tentar ter um parto normal e qual não terá e, dessa forma, indicar o parto mais indicado para cada uma”, enfatiza o obstetra.


Detectando e tratando possíveis probleminhas


Durante o pré-natal são realizados exames de rotina, como exame de sangue, urina e fezes.


No de sangue serão pesquisadas várias viroses que podem acometer o embrião e também exame de tipagem sangüínea, de anemia, de diabetes e tireóide.


Durante o pré-natal, também é possível detectar problemas com a saúde do bebê que podem ser tratadas antes do seu nascimento. Mas, como ressalta o obstetra, “nem todas as doenças detectadas no pré-natal podem ser tratadas como, por exemplo, a infecção fetal pelo vírus da toxoplasmose. Entretanto, seus efeitos podem ser amenizados por meio do tratamento com antibióticos durante toda a gestação. Também podem ser diagnosticados por meio de ultra-som, algumas alterações fetais que, através de procedimentos invasivos, podem diminuir os problemas do feto, melhorando assim suas condições de nascimento, ainda na melhor idade gestacional. Com um pré-natal bem feito as chances de ocorrer algum problema no nascimento são muito pequenas, mesmo quando o parto não é realizado pelo médico do pré-natal e sim pelo plantonista do hospital. Portanto, PRÉ-NATAL é a coisa mais importante da gestação”, finaliza o obstetra.


Diante dessas informações, se você já espera um bebê ou se está se preparando para isso, certamente não deixará de lado o pré-natal, não é mesmo?


Informações do especialista:

Luiz Fernando Pereira Leite é formado em medicina Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É especialista em Ginecologia-Obstetrícia e subespecialista em Gestação de Alto Risco, Medicina Fetal e Ultra-sonografia. É médico do Hospital e Maternidade São Luiz.

Consultório:

Luiz Fernando Pereira Leite

Rua Dr. Eduardo Amaro, 152 – conj. 73 – Paraíso – São Paulo – SP

Tels.: 5573-9987 / 5081-2844

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