Há coisas na vida que aprendemos e não nos esquecemos mais. Uma dessas coisas é brincar.
Mas com o passar do tempo vamos nos esquecendo como fazer isso e com a chegada dos filhos ficamos perdidos na hora de interagir com eles e nos perguntamos: será que dá para reaprender a brincar?
Dá sim! E nós vamos ajudá-lo a fazer com que esse momento de diversão colabore para o desenvolvimento de seu filho.
Sem medo de brincar
Brincar é um ato aparentemente simples, mas para alguns pais pode ser um grande mistério, uma vez que encontram dificuldades em iniciar um jogo com seu filho ou enfrentam a falta de tempo como principal obstáculo.
Diante dessa dificuldade, surge uma série de dúvidas: Como devo brincar com meu baixinho? Qual a melhor maneira de interagir com ele de forma que possa ajudá-lo a se desenvolver? Embora não existam respostas prontas e definitivas para essas questões, existem algumas dicas que podem ser levadas em consideração para tornar essa doce experiência ainda mais prazerosa.
A psicopedagoga Ana Lúcia Grespan Neves Mancini da Academia Bem Me Quer Sports, explica que muitas vezes lidar com o bebê pode gerar muita insegurança por parte dos pais, principalmente porque atualmente eles têm acesso a muitas informações que, às vezes, chegam desencontradas, fazendo com que acabem ficando sem saber o que fazer.
“É preciso que os pais se tranqüilizem, confiem em sua sensibilidade e acreditem que brincar com o bebê não requer receitas mirabolantes.
Aquelas brincadeiras naturais, quase instintivas, que todo mundo conhece, porque passam de geração para geração, são as que contêm toda a estimulação necessária para o bebê”, lembra Ana Lúcia Mancini.
Juntinho é mais gostoso
Para a psicopedagoga, a melhor maneira de os pais interagirem com seus filhos de forma que possam ajudá-los em seu desenvolvimento é por meio do contato e da cumplicidade. “O tipo de estímulo não é tão importante quanto a forma como ele é oferecido. O afeto e o vínculo com o bebê devem ser partes principais da brincadeira. É preciso que haja magia e intensa troca de olhares que culminam em um lindo sorriso.”
Brincar com a criança é muito importante. Afinal, no começo da vida é por meio da brincadeira que o bebê se relaciona com os outros, exercita sua inteligência e desenvolve suas potencialidades.
Ana Lúcia Mancini lembra que “os pais são os parceiros mais queridos nesta grande aventura que é brincar, pois por meio deles a brincadeira ganha um brilho especial e o bebê adquire segurança e maturidade”.
Além disso, brincar com seu anjinho contribui para o fortalecimento dos vínculos tanto da mãe com o filho, como do pai com o filho. Tudo isso porque “as brincadeiras de um e de outro diferem e mostram ao nenê que um leva para o mundo (pai) e o outro protege (mãe), o que é ótimo, pois, quem tem colo de mãe para voltar, vira super-herói com mais facilidade”, afirma a psicopedagoga.
Brinquedo certo no espaço ideal
Embora não existam hora nem local que impeçam uma boa brincadeira, a psicopedagoga explica que é importante que o lugar onde a criança brinca seja claro, arejado e seguro para que ela se sinta confortável e confiante. “Um local agradável, ao ar livre, com clima ameno, sem muito barulho também é muito atraente e agradável.”
Outro fator importante e para o qual os pais devem estar muito atentos é a escolha do brinquedo, afinal, isso interfere diretamente na qualidade da brincadeira.
Segundo Ana Lúcia Mancini, “o brinquedo tem valor quando o baixinho consegue criar e transformar em cima dele”.
Para isso, temos de observar se o brinquedo:
• Atende à etapa do desenvolvimento em que o bebê se encontra.
• Desafia seu pensamento e o convida a brincar.
• Estimula sua criatividade.
• Pode ser utilizado de diferentes formas.
• Estimula-o sensorialmente por meio de suas cores, das diferentes formas e texturas.
• É durável e, principalmente, seguro.
Se o brinquedo se encaixar em todos esses requisitos, então ele é ideal para divertir e ensinar seu filhinho!
Lições de brincadeira
Como durante cada etapa do desenvolvimento, a criança necessita de estímulos diferentes, está claro que, por essa razão, as brincadeiras devem se adequar a cada faixa etária.
A psicopedagoga da Academia Bem Me Quer Sports explica que essa necessidade se dá porque “a evolução do ser humano segue um programa geneticamente determinado, fazendo com que o nenê cumpra etapas com cronologia e épocas determinantes”.
Ela também ressalta que as brincadeiras devem obedecer o desenvolvimento do pequeno e que não adianta tentar apressar etapas.
Veja quais são as brincadeiras certas para cada faixa etária:
• 0 a 3 meses: nesta fase, a maior paixão da criança são os pais. É por meio deles que o bebê percebe o mundo. Portanto, conversar, cantar músicas de ninar e tocar o bebê são deliciosas brincadeiras.
• 3 a 6 meses: ofereça brinquedos seguros que o pequeno possa pegar e levar à boca, bem como objetos que emitam sons para que ele possa chacoalhar ou, simplesmente, deixe que ele segure e brinque com o chocalho. É interessante também imitar os sons do bebê como em uma conversa que só vocês podem entender, ao cantar ou conversar com ele, mova-se lentamente de um lado para o outro, para que ele o acompanhe com o olhar. Outra dica: brinque muito com ele na hora do banho!
• 6 a 9 meses: brinque de esconde-esconde com o nenê, colocando e tirando uma fralda de seu rostinho. Outra opção é afastar objetos e brinquedos para que ele se esforce para pegá-los ou se colocar distante dele, estimulando-o para que se arraste até você. Você também pode colocá-lo diante do espelho e fazer caretas para ele. É importante que ofereça ao pequeno brinquedos para tocar e manipular.
• 10 a 12 meses: dê-lhe bonecos, bolas ou bichinhos de pano e estimule-o a arremessá-los para longe várias vezes. Coloque a criança sobre suas pernas e brinque de cavalinho, dando pequenos saltos enquanto canta. Conte histórias, mostre livros infantis e ofereça brinquedos de encaixe. Brinque de colocar e tirar objetos de uma caixa ou imite sons de bichinhos com ele.
• 1 a 2 anos: desenhe, pinte, rabisque e se divirta com ele. Brinque de esconder e cante cantigas de roda.
• 2 a 3 anos: viaje com ele em suas brincadeiras e personagens. É hora do faz-de-conta, de brincar de casinha, de bombeiro, com terra e areia.
Informações do especialista:
Ana Lúcia Grespan Neves Mancini é pedagoga formada pela Faculdade de Ciências e Letras de Moema e psicopedagoga formada pela Universidade São Marcos. Trabalha na Academia Infantil Bem Me Quer Sports.
Academia:
Ana Lúcia Grespan Neves Mancini
Bem Me Quer Sports
Unidade Vila Mariana
Rua Estado de Israel, 1033 – Vila Mariana – São Paulo – SP
Tel: 11 5573-6929
Unidade Vila Olímpia
Rua Quatá, 140 – Vila Olímpia São Paulo – SP
Tel: 11 3044 -1108
Unidade Brooklin
Av. Santo Amaro, 5104 – Brooklin – São Paulo – SP
Tel: 115183 - 4464
www.bmqsports.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário