Por: Vanessa Cicatti
As mulheres grávidas no final da gestação podem reduzir o risco de morte fetal dormindo virada para o lado esquerdo. É o que sugere um estudo de pesquisadores neo-zelandezes publicado no British Medical Journal.No entanto, este é o primeiro trabalho a investigar o efeito da posição na qual as mães dormem na saúde do feto, em casos de bebês natimortos. Ainda são necessários mais estudos que comprovem estes dados, os cientistas alertam que ainda é precoce aconselhar as grávidas a dormirem só para esse lado.
Os resultados mostraram que as mulheres que não dormiram viradas para o lado esquerdo (dormindo de costas ou para o lado direito), apresentaram quase o dobro do risco de dar à luz um natimorto. Contudo, a equipe da Universidade de Ayckland, na Nova Zelândia, advertiu que o aumento absoluto do risco de morte fetal permanece pequeno.
Os partos com natimortos ocorreram em 1,96 por mil casos nas mulheres que dormiam do lado esquerdo, em comparação com 3,93 por mil casos entre aquelas que dormiam noutras posições.
De acordo com os pesquisadores, uma das possibilidades para esta ocorrência está relacionada com o fato de, quando a grávida dorme de costas ou sobre o seu lado direito, o feto poder comprimir a veia cava inferior, que leva o sangue para o coração, o que conduziria a uma diminuição da quantidade de sangue oxigenado que volta do coração para os órgãos da mãe e, em consequência, para o bebê.
Para o estudo, os cientistas entrevistaram 155 mulheres que tinham dado à luz um bebê morto após, pelo menos, 28 semanas de gestação. Estes dados foram comparados com 310 grávidas cuja gravidez evoluiu normalmente.
As mães foram submetidas a um questionário sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez ou durante o último mês, na última semana da gravidez e na noite anterior ao parto. Os dados foram atualizados regularmente durante o último mês da gravidez e mostraram que a posição em que as mães dormiam era o fator mais determinante das mortes
prematuras.
Bom, enquanto não há mais dados concretos sobre o assunto, melhor evitar essa posição, não é mesmo futura mamãe?
Fonte: Ciência Hoje
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