segunda-feira, 11 de julho de 2011

Crianças que mentem são mais inteligentes

Por: Vanessa Cicatti

Ninguém gosta de ver o filho contando mentirinhas por aí, não é mesmo? Mas, por incrível que pareça mentir é um indicativo de inteligência do seu filho, sabia?
De acordo com um estudo feito no Canadá, a capacidade de uma criança contar mentiras pode ser um sinal de inteligência. Os cientistas responsáveis pela pesquisa dizem que os complexos processos mentais envolvidos na formulação de uma mentira são um indicador de que a criança atingiu um importante estado do seu desenvolvimento, sendo que algumas passam por essa mudança mais prematuramente do que outras.


O estudo, realizado pelo Instituto de Estudos da Criança da Universidade de Toronto, no Canadá, envolveu 1,2 mil crianças e jovens com idades entre dois e 17 anos. Apenas 1/5 das crianças de 2 anos avaliadas no estudo mostrou ser capaz de não falar a verdade. Já aos 4 anos, 90% das crianças envolvidas no estudo mentiram.
Durante o estudo os cientistas testaram a honestidade das crianças pedindo-lhes para não olharem para um brinquedo colocado atrás delas. Depois, o investigador saiu da sala para atender um telefonema, sendo que as reações dos participantes desta investigação foram sempre vigiadas por câmaras.

Quando voltou, perguntou-lhes se tinham olhado para o brinquedo. A comparação das respostas com as gravações, permitiu verificar que muitas delas mentiram.
Kang Lee, responsável pela pesquisa, afirmou que os pais não devem ficar preocupados quando os seus filhos contam mentiras. Segundo o especialista isso sinal de que alcançaram um novo marco no seu desenvolvimento, sendo que os que têm melhor desenvolvimento cognitivo mentem porque são capazes de esconder as pistas.


De acordo com Kang, a mentira só é possível porque as crianças adquiriram a habilidade de realizar um complexo malabarismo mental que envolve guardar a verdade em algum compartimento no cérebro. De acordo com o pesquisador, esta capacidade não é controlada por uma educação mais severa ou religiosa e também não implica desonestidade na vida adulta.

Fonte: Ciência Hoje

Nenhum comentário:

Postar um comentário