Por: Vanessa Cicatti
Um estudo da Universidade de Dundee, na Escócia, em colaboração com a caridade National Literacy Trustsugere, constatou que os bebês e as crianças que são levadas em carrinhos que as deixam de costas para os pais podem ter seu desenvolvimento prejudicado. Os pesquisadores verificaram que os pais cujos filhos estavam de costas conversavam menos com a criança, que, por sua vez, parecia estar mais estressada.
Por outro lado, bebês e crianças levados em carrinhos que permitem que eles olhem para quem empurra o carrinho são mais propensos a falar, rir e interagir. As crianças passaram metade do trajeto de pouco mais de 1 quilômetro em um carrinho que as colocava de costas para a mãe e a outra metade em um carrinho que as permitia olhar para o rosto da m„e, e apenas um bebê deu risada durante a primeira parte do trajeto, enquanto metade deles riu durante a segunda metade.
Além disso, a média do batimento cardíaco das crianças caiu levemente quando elas olhavam para a mãe e tinham duas vezes mais chances de dormir, o que indica níveis mais baixos de estresse. O estudo da universidade constatou que, entre os 2.700 grupos observados, 62% das crianças estavam de costas para quem empurrava o carrinho, e que apenas 22% dos pais estavam conversando com as crianças. Entre as crianças de dois anos de idade, 82% estavam de costas para os pais.
Pais que usavam carrinhos em que a criança fica de frente para quem está empurrando tinham duas vezes mais chances de conversar com os filhos.
Para Suzanne Zeedyk, responsável pelo estudo, se bebês estão passando grande parte do tempo em um carrinho que prejudica sua habilidade de se comunicar facilmente com os pais, em uma idade em que o cérebro está se desenvolvendo mais do que nunca, isso acaba tendo um impacto negativo no desenvolvimento da criança.
O fato é que o experimento mostrou que com a simples mudança da posição do carrinho, os pais passavam a falar mais com seus filhos. Isso sugere que, atualmente, para muitos bebês a vida em um carrinho é emocionalmente mais pobre e, possivelmente mais estressante.
O jeito é passear olhando para seu nenê.
Fonte: BBC Brasil
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