segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mitos e verdades sobre a vacinação de crianças

Com os recentes surtos de catapora e meningite registrados no Estado de São Paulo, dúvidas sobre as vacinas ressurgem.


A vacinação dos recém-nascidos e crianças ainda gera dúvidas, principalmente nos pais de primeira viagem. Até os dois anos de idade, a criança que cumprir todo o calendário recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria irá receber 33 doses de vacina.

Ao analisar esse quadro, alguns pais ainda se perguntam se essa quantidade de doses não afeta o sistema imunológico, ou se o ideal seria postergar o prazo, para quando a criança estiver maior.

Saiba que as vacinas são certamente uma das grandes conquistas da humanidade e milhões foram beneficiados com essa estratégia de proteção da saúde.

Conheça dez mitos das vacinas esclarecidos pelo Dr.Estevão Valle.

1- Tantas vacinas vão sobrecarregar o sistema imune da criança?
Pode parecer razoável, já que até os dois anos, uma criança vai receber 23 doses de vacina.Mas os “desafios” do sistema imune são diários e muito maiores,como, por exemplo, do leite materno, dos alimentos, da poeira domiciliar, da picada de insetos e do contato com outras pessoas. Não há como evitá-los e o ser humano tem um aparato imune muito preparado e, portanto, capaz de receberas vacinas.

 2- É melhor esperar a criança ficar mais velha para vaciná-la?
É justamente o contrário. Crianças mais novas são mais vulneráveis e têm risco maior dedesenvolver doenças mais graves.

3- Já que todas as crianças estão imunes, não preciso me preocupar em vacinar as minhas?
É aí que mora o perigo. Por mais que a cobertura vacinal seja ampla, ela nunca é 100%. Nesse contexto, ocorrem os surtos. Além disso, em algumas infecções, a criançavacinada pode se infectar e não manifestar a doença, mas transmiti-la para crianças suscetíveis.

 4- Muitas doenças não existem mais, não preciso me preocupar com elas?
Podem não existir em países e comunidades com grande cobertura vacinal, como é o caso da poliomielite no Brasil. Mas, em tempos de globalização, viajantes de países oulugares sem essas vacinas, podem transmitir a infecção para indivíduos suscetíveis.

 5- Vacinas causam o autismo?
Não há nenhuma prova disso. O risco de uma criança vacinada desenvolver o autismo é igual aode uma criança não vacinada.

6-Minha criança pode desenvolver a doença ao receber a vacina?
Casos de doença contraída após a vacinação são raríssimos. Nos Estados Unidos, havia mais de500 mil casos por ano de sarampo. Após a vacinação em massa, ocorrem menos de 50 por ano. Quando ocorrem, são, em geral, brandos e passageiros.

 7-Vacinas contêm conservadores que são perigosos?
Há a preocupação com a quantidade de mercúrio que compõe as vacinas (timerosal). Oque ocorre é que a dose presente nas vacinas é muito inferior à presente no ambiente (na água e nos peixes).

 8- Meu filho está gripado, não deve receber vacinas?
O receio vem pelo fato de as vacinas produzirem efeitos colaterais, que podem mascarar ossinais e sintomas de outras infecções. De fato, infecções graves contra indicam qualquer vacina. Mas febre baixa, coriza ou uma diarréia sem repercussão nãodevem impedir a vacinação.

 9- Eu tive catapora e hoje sou completamente saudável.Isso quer dizer que essa vacina não é necessária? 
De fato, a maior parte das crianças que se infecta com o vírus da varicela tem umaevolução benigna. Mas a infecção secundária das lesões de pele por bactérias,que é a grande preocupação, independe dos pais terem tido catapora, isto é,isto não confere proteção à criança. Além do mais, como mais crianças estão sendo vacinadas, aumenta o risco dessa infecção em adultos, que é em geral mais grave.


10- Vacinas têm 100% de eficácia e segurança. Não preciso me preocupar com elas?
Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. Há uma chance mínima, mas possível, de se adoecer, ainda mais se há mais pessoas não vacinadas na comunidade. Daí a importância da maiorcobertura vacinal possível. Como qualquer medicamento, há efeitos colaterais possíveis das vacinas. Deve-se estar atento e procurar auxílio médico prontamente caso aconteçam.



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